Escrito por
Dr. Jefferson Batista | CRM-PR 23258
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A fotofobia, conhecida como sensibilidade excessiva à luz, não possui causa nem cura específica. Muitas pessoas enfrentam dificuldades em ambientes externos sem óculos escuros, experimentando a sensação de que seus olhos não conseguem absorver tanta luz. Em dias nublados, a situação se agrava, pois o céu atua como um refletor, resultando em dores de cabeça ao final do dia.
Esses são alguns dos sintomas de uma condição chamada fotofobia, na qual a presença de luz causa desconforto. A retina, composta por células fotossensíveis, pode recusar o excesso de informação, ou seja, a luz, quando há algum problema, gerando esse desconforto.
A fotofobia geralmente é um sinal de processos inflamatórios no globo ocular, tanto intra quanto extra-oculares. Doenças oculares, como olho seco e uveítes (toxoplasmose ocular), frequentemente estão associadas ao sintoma de fotofobia em maior ou menor intensidade.
Além disso, o uso de certos medicamentos pode ter a fotofobia como reação adversa, em maior ou menor intensidade. Distúrbios de aprendizado relacionados à visão, como a síndrome de Irlen, e a enxaqueca também apresentam a fotofobia como um dos sintomas.
Em doenças congênitas, como o glaucoma congênito, a reação adversa à luz é o principal sintoma manifestado pela criança quando algo está errado com seus olhos.
Embora seja menos comum, há casos em que olhos saudáveis têm dificuldade em lidar com a claridade. Pessoas de pele mais clara tendem a sofrer mais com a fotofobia devido à menor quantidade de pigmentos na íris. Em outros casos, o tamanho da pupila pode ser um fator determinante na intensidade da fotofobia. Pupilas de menor diâmetro têm menos chances de apresentar fotofobia, uma vez que a quantidade de luz que entra por ela é menor.
A menos que a sensibilidade excessiva à luz seja decorrente de doenças oculares, existem duas abordagens para lidar com a fotofobia: aprender a conviver com ela, se o grau for suportável, ou encontrar maneiras de regular a quantidade de luz que entra nos olhos, seja controlando a intensidade de luzes artificiais ou usando óculos escuros em ambientes externos, a estratégia mais comum para quem sofre desse problema.
As lentes solares têm como objetivo principal selecionar as radiações que alcançam os olhos, bloqueando quanto mais escurecidas, maior o bloqueio. Lentes de boa qualidade, tanto em relação à matéria-prima quanto à confecção, são essenciais. O uso de lentes sem proteção contra raios ultravioleta pode ser prejudicial, pois, embora os óculos sejam escuros, a pupila está mais dilatada, permitindo maior entrada de radiação UV, o que pode predispor a problemas como catarata, pterígio e processos degenerativos da retina.
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